As commodities mais upstream são um grupo estranho.Uma vez que a produção a montante é bloqueada, os intermediários, as fábricas a jusante e até mesmo os consumidores irão mais ou menos “mentir sobre suas armas”!Assim como a cadeia da indústria de veículos de nova energia mais quente, a escassez de matérias-primas para baterias de lítio trouxe grandes desafios para a produção de baterias de energia, que emperrou o pescoço da indústria de veículos de nova energia.Se for apenas condução longitudinal, tudo bem!Surpreendentemente, as commodities também podem restringir umas às outras.Por exemplo, desde este ano, a flutuação dos preços da gasolina no Brasil teve um impacto perceptível nos preços do açúcar!
1. Lógica de Transmissão da Influência do Preço do Petróleo Bruto no Preço do Açúcar
O material de açúcar (cana-de-açúcar/beterraba) pode ser usado para produzir açúcar e etanol, e o etanol é usado principalmente na mistura de gasolina.Com a promoção do etanol nos países produtores de açúcar em todo o mundo, a proporção de etanol de cana-de-açúcar aumentou significativamente.Como o “rei das commodities”, a oscilação do preço do petróleo bruto afetará o preço da gasolina, repercutindo no preço do etanol e, por fim, afetando o preço do açúcar.No futuro, o preço dos produtos agrícolas estará mais relacionado ao preço do petróleo bruto.
Lógica de influência do preço do petróleo bruto no preço do açúcar:
1) Como matéria-prima a montante, o preço da gasolina refinada depende principalmente do petróleo bruto.
2) Semelhante ao mecanismo de precificação do petróleo refinado doméstico, o preço doméstico da gasolina no Brasil é determinado pela Petrobras com base na média ponderada dos preços do petróleo bruto americano (WTI), do petróleo Brent (BRENT) e da gasolina sem chumbo americana (RBOB).
3) No Brasil, do lado da produção, o processo de prensagem da cana da maioria das usinas de açúcar pode ajustar a relação de produção de etanol e açúcar.Do ponto de vista da capacidade das usinas nacionais de açúcar, a faixa de ajuste de sua proporção de produção de açúcar é de cerca de 34% a 50%.O reajuste depende principalmente da diferença de preço entre o açúcar e o etanol – quando o preço do açúcar for muito superior ao do etanol, as usinas brasileiras maximizarão a produção de açúcar;Quando o preço do açúcar estiver próximo ao do etanol, as usinas produzirão o máximo possível de etanol;Quando os preços dos dois estiverem próximos, porque a maior parte das vendas de etanol está no Brasil, as usinas podem sacar recursos rapidamente, enquanto dois terços da produção de açúcar são destinados à exportação, e a velocidade de cobrança será relativamente lenta.Portanto, quanto mais usinas de açúcar no continente, mais elas tendem a produzir etanol.Finalmente, para o Brasil, o ajuste de 1% na proporção da produção de açúcar afetará 75-80 milhões de toneladas de usinas de açúcar.Portanto, em condições extremas, as usinas de açúcar podem ajustar a produção de açúcar de 11 a 12 milhões de toneladas sem alterar a safra de cana-de-açúcar, e essa taxa de mudança é equivalente à produção de açúcar da China em um ano.Pode-se observar que a produção brasileira de etanol tem um grande impacto na oferta e demanda global de açúcar.
4) Para o Brasil, o etanol absoluto é obrigatoriamente misturado à gasolina pura (gasolina A) para formar a gasolina C (27%);Além disso, no posto, o consumidor pode optar com flexibilidade por injetar gasolina tipo C ou etanol hidratado no tanque de combustível, e a escolha é baseada principalmente na economia de ambos – o poder calorífico do etanol é de cerca de 0,7 da gasolina.Portanto, quando a relação preço do etanol hidratado com a gasolina tipo C estiver abaixo de 0,7, o consumidor aumentará o consumo de etanol e reduzirá o consumo de gasolina;vice-versa
5) Além do Brasil, Índia, União Européia e outros países também estão incentivando a produção de etanol.Para os Estados Unidos, maior produtor mundial de etanol, a matéria-prima depende do milho, mas o preço do etanol de milho nos Estados Unidos também é afetado pelos preços da energia.Finalmente, há um fluxo comercial entre o etanol de milho dos Estados Unidos e o etanol de cana-de-açúcar do Brasil.O etanol americano pode ser exportado para o Brasil, e o etanol brasileiro também pode ser exportado para os Estados Unidos.A direção de importação e exportação depende da diferença de preço entre os dois.
Na ausência de novas contradições fundamentais, a atual fraqueza do mercado de açúcar de curto prazo está intimamente relacionada ao declínio dos preços do petróleo.Quando o preço do petróleo bruto se estabilizar, espera-se que os mercados interno e externo de açúcar voltem a se recuperar.
2. As políticas dos principais países produtores são mutáveis, e o tema do hype do mercado de açúcar é “fresco”
“De acordo com os recentes pontos quentes nos mercados de açúcar interno e externo, a maioria deles está relacionada aos principais países produtores.”Um comerciante de açúcar em Nanning, Guangnan, disse a repórteres que, até agora, muitos países ao redor do mundo anunciaram proibições ou restrições às suas próprias exportações de açúcar, das quais os principais países produtores e exportadores de açúcar do mundo, Brasil e Índia, têm o maior impacto no mercado , seguido pelo Paquistão, Tailândia, Indonésia e outros países.
Entende-se que entre os principais países produtores de açúcar acima, a Índia limitou a quantidade total de exportações de açúcar.A justificativa é garantir a estabilidade do abastecimento interno e evitar a alta dos preços do açúcar.Assim como a Índia, o Paquistão também tenta reduzir a inflação e garantir o abastecimento interno.No entanto, o Paquistão fez mais esforços do que a Índia e anunciou diretamente uma proibição abrangente de suas exportações de açúcar no início de maio.Do ponto de vista do Brasil, é mais especial.Como o maior país produtor de açúcar do mundo, tem um impacto crucial na oferta global de açúcar.Atualmente, no contexto dos altos preços internacionais do petróleo bruto, as usinas brasileiras de açúcar relutam em produzir mais açúcar, embora os preços do açúcar também tenham subido muito.
No entanto, há notícias de que o imposto sobre os combustíveis no Brasil levará a uma queda nos preços do açúcar.O mercado atual está atento ao andamento do projeto de lei.Entende-se que o projeto de lei brasileiro (projeto de lei) provavelmente reduzirá os impostos sobre combustíveis, especialmente a gasolina, o que pode levar as usinas a mudar a produção de etanol para a produção de açúcar e, em última instância, reduzir o preço global do açúcar.
Atualmente, o governo brasileiro está promovendo uma legislação para limitar o ICMS estadual sobre combustível a 17%.Como o ICMS atual da gasolina é maior do que o do etanol, e superior a 17%, o projeto de lei levará a uma queda nos preços da gasolina.Para se manter competitivo, o preço do etanol também deve ser reduzido.No futuro, se o preço do etanol cair, as fábricas que podem produzir mais etanol ou mais açúcar com flexibilidade de acordo com o preço de mercado podem se voltar para a produção de açúcar, aumentando a oferta global.Profissionais disseram que no importante mercado de combustíveis de São Paulo, a nova lei pode reduzir a competitividade do etanol em relação à gasolina em 8%, dificultando a competitividade dos preços do biocombustível.
Entende-se também que o Vietnã adiará a investigação antidumping sobre o açúcar refinado dos vizinhos da ASEAN (Indonésia, Malásia, Camboja, Laos e Mianmar) para 21 de julho, dois meses depois do prazo original de 21 de maio. o governo aumentou a emissão de licenças especiais para refinarias e usinas de açúcar domésticas.O Vietnã é um dos maiores importadores de açúcar refinado da Ásia.Desde que o governo anunciou a imposição de tarifa de 47,64% sobre o açúcar refinado importado da Tailândia, suas importações de açúcar refinado da Indonésia aumentaram.Depois que a Tailândia impôs altas tarifas de importação sobre o açúcar, mais açúcar da Indonésia, Malásia, Camboja, Laos e Mianmar fluiu para o Vietnã.
3. A disputa entre o preço da gasolina e do açúcar
A gasolina é refinada a partir do petróleo bruto.O preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras é baseado no preço de paridade de importação, que é formado pelo preço internacional da gasolina mais o custo que o importador pode arcar.Quando o preço da gasolina doméstica no Brasil se desviar do preço internacional do petróleo até certo ponto, a Petrobras ajustará o preço ex-fábrica da gasolina doméstica.Portanto, o preço internacional do petróleo afetará diretamente a precificação básica da Petrobras (o preço da gasolina categoria A).
Desde este ano, afetado pela situação na Rússia e na Ucrânia, o preço do petróleo bruto subiu acentuadamente.Em 11 de março, a Petrobras aumentou o preço da gasolina em 18,8%.Uma grande quantidade de dados de pesquisas no mercado mostram que os veículos bicombustíveis podem usar gasolina C ou etanol hidratado como fonte de energia.Os proprietários de carros geralmente escolhem o combustível com base na relação preço etanol/gasolina.70% é a linha divisória.Acima da linha divisória, preferem usar gasolina, senão preferem etanol.Esta escolha dos consumidores será naturalmente transmitida aos fabricantes.Para as usinas de cana-de-açúcar, se o preço global do petróleo subir, elas priorizarão a produção de etanol em detrimento do açúcar.
Resumo de uma frase: preço do petróleo subiu – preço da gasolina subiu no Brasil – consumo de etanol aumentou – produção de açúcar caiu – preço do açúcar subiu.
Como maior produtor e exportador mundial de açúcar, a posição do Brasil no mercado global de açúcar é óbvia para todos.Embora a produção de açúcar do Brasil seja alta, seu nível de consumo interno representa menos de 30% da produção.Sua exportação representa mais de 70% da produção de açúcar do país e mais de 40% da exportação global.No entanto, a anomalia é que, ao contrário de muitas das lógicas que determinam a alta e a queda das commodities, a relação de oferta e demanda dos preços do açúcar não reflete verdadeiramente as mudanças nos preços globais do açúcar.Os fatores envolvidos são um pouco mais complicados.Em linhas gerais, está relacionado à excessiva concentração da produção e exportação global de açúcar.Portanto, se você quiser saber a evolução do preço do açúcar, deve vê-lo em combinação com o Brasil, o principal produtor de açúcar.
O CICC chegou a uma conclusão representativa: no mecanismo de precificação global do açúcar, o fator decisivo do preço do açúcar brasileiro está no lado da oferta, não no lado da demanda.Do ponto de vista dos fundamentos domésticos, o consumo interno do Brasil tem se mantido relativamente estável nos últimos anos, e a capacidade de oferta é significativamente superior ao consumo da demanda.Portanto, na curva de oferta e demanda de longo prazo, a variação marginal do lado da oferta é a chave para determinar o preço do açúcar brasileiro, e também o principal fator que afeta o preço internacional do açúcar.Em termos de preço internacional do açúcar, dentro da expectativa de alta produtividade do Brasil, de acordo com a previsão do USDA, a produção global de açúcar em 2022/23 também aumentará 0,94% em relação ao ano anterior, para 183 milhões de toneladas, ainda em estado de excesso de oferta.
Ou seja, no que diz respeito à situação atual, não haverá escassez de alimentos.Para o atual mercado açucareiro, há uma contradição entre o aumento da produção nos principais países produtores e a elevação dos preços da energia.No entanto, no longo prazo, as mudanças fundamentais provocadas pelo preço do petróleo bruto terão um impacto mais amplo no preço do açúcar.Com o benefício de outros fatores macro, o açúcar bruto de longo prazo deve continuar a crescer mais forte junto com o preço do petróleo.
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Horário de postagem: 22 de novembro de 2022